A Cave da Morte

Foto by Hugo Peniche

Era uma vez um lugar, conhecido como "A Cave da Morte", ou até, como dizem os americanos "The Cave of the Death", tal é o poder malefico que dali advem.

Foto by Hugo Peniche

Na "Cave" prevalece o lado negro da força, todos os que la entram saem diferentes. Em 1º lugar porque vêm cos braços todos lixados, em 2º porque vêm mmo todos lixados.
A "Cave" não dá abebias a ninguém, ou tas fortinho ou já eras..

Foto by Hugo Peniche

É preciso como que um "pré-treino" para treinar na cave. Tipo, "à e tal eu tenho andado a treinar mais agora sabes? .. é q quero estar forte pra ir à cave!!" todo o pessoal diz isto.
Na "Cave" a escala d dificuldade começa no "O V grau" e vai até ao "O Marcel". O "O" significa "Olivais ", não ha nenhum "O V" ali e "O Marcel" são os blocos inventados pelo Marcel, ou seja, q ninguém, pralém dele, consegue fazer!..

Foto by Hugo Peniche

Na "Cave" tem tb um sofá, especialmente concebido para o puto se sentar, de onde este fica habitualmente instalado, a dar ordens, a rir do pessoal e a indicar as presas dos blocos..
A cave tem sempre mais animação do que o rocodromo, o som é sempre GROUNDATION e é mto mais divertido pq tb é possível ouvir as histórias do Jonny.

Foto by Hugo Peniche

A "Cave" é mto mais do que um espaço de treino, é a essência do próprio conceito de "Spot" onde os carinhas se encontram, durante as longas semanas de trabalho na cidade, pra conspirar os futuros projectos e atenuar o desejo por rocaina.

Foto by Hugo Peniche

Quatre-vingt dix

Foto by Alexandre Merques

Era uma vez uns carinhas que sofriam do sindrome da impaciência para ficar mais de umas poucas horitas sem escalar.
Os Marcão decidiram fazer-se à estrada para passar os dias da Pascoa em Fontainebleau a escalar.
Decidimos que deviamos deixar os ferraris e os porches em casa, não fosse o caso de passarmos os limites de velocidade. Assim,claro, foi mto melhor pois em vez de segiurmos a 250km/h, ficámos pelos 170km/h, mto mais razoavelzinho claro!

Foto by Alexandre Merques

É claro que também seguimos mais devagar em determinadas alturas, como por exemplo aquela em que iamos a 160km/h num zona em que a estrada estava em obras.
Ora agora por falar nisso, foi assim que, com mto espanto, recebemos a 1ª intimação de multa. Aproveitámos para agradecer aos senhores agentes da autoridade o facto de ainda nos terem feito um desconto de 30% sobre a coima inicial que ultrapassava os 300€ e assim ficou só pelos 280€.

Foto by Hugo Peniche

De seguida, claro, fizemos aquilo que as pessoas normais fazem depois de pagar multas, ou seja seguimos para o forum para gastar dinheiro em roupa e pés d gato.

Foto by Alexandre Merques

Em seguida entrámos em França, local onde já tinhamos as manhas. Tinhamos o mapa do "Via Michelin", o qual indicava tb os locais onde se encontravam os radares. Agora sim, era à largueza, eramos os reis e senhores da estrada, ninguém podia nada contra nós! Além disso já tinhamos sido multados e claro que estas coisas nunca se repetem!.. De qualquer forma 170km/h é sempre pouco comparado com dos 250km/h que qualquer ferrari consegue alcançar.

Foto by Hugo Peniche

Ora portanto, mais uma vez, os senhores da autoridade, que desta vez falavam em Frances, nos mandaram encostar para nova multa. Depois de muitas palavras indignadas lá se decidiram a apresentar a conta. Da boca do franciú veio então a palavra "Quatre-vingt dix". Nesta altura algém se lembra de traduzir o valor para nada mais nada menos do que 900€. Perante a confusão nenhum dos Marcão se aprecebeu do erro e finalmente todos começámos a fazer contas à vida. O futuro previa-se negro!!

Foto by Hugo Peniche

Eis quando o policia resolve apresentar a coima, onde vinha escrito o valor correcto de 90€. Neste momento alguém disse "ah, isso dá só 13 € a cada um!!" e todos suspirámos de alivio, todos sorrimos e fez-se alte festa.

Foto by Alexandre Merques

E foi assim, com os policiais a olhar para a nossa festa, com cara de parvos, que seguimos viagem, desta vez a pisar tantos ovos quanto possível.

Foto by Alexandre Merques

Marcão de cara lavada

O Marcão lamenta não ter tido tempo para publicar mais histórias mas adianta o novo logotipo prestes a apadrinhar a marcada futura..

Made by Fred Silva

Porque há sempre um Marcão em cada um de nós..

Yes Ya?!

Dia de sol no Makinodromo (El Chorro), por esta altura era carnaval e as vias encontravam-se invariavelmente super concorridas, especialmente o clássico dos clássicos, a Lourdes.

Schiappa, já ha uns tempinhos possuidor de uma intima relação com esta via, apercebe-se da oportunidade para mais uma volta e mais uma corrida, convidando Mcfly para o acompanhar na odisseia.

Foto by Hugo Peniche

Para Mcfly tanto lhe fazia o facto de a via ter uma cotação de respeito (8a), o cara ia à morte na mesma, ele eram lançamentos, ele eram entalanços de todos os tipos (excepto de dentes desta vez)..

Eis quando, junto à base da via, surge uma gatinha linda de morrer, de aparência Sueca, observando o escalador Mcfly, completamente babada e derretida com o Marcão e a sua performance.

Foto by Hugo Peniche

Quando Mcfly chega ao solo esta diz-lhe, em ingles, qualquer coisa como: "Deves ser mto forte para ir assim a esta via!" (dialogo confirmado por Schiappa).
Ora são conhecidos os dotes de Mcfly para o dialogo, sobretudo em lingua estrangeira, pelo que este, olha para ela com aquela cara que elucida tudo e todos, e pensando tratar-se de concorrencia para escalar a via, lhe responde: "Yes ya?!" e acrescenta: "I go very fast!!"

Foto by Hugo Peniche

É escusado dizer que, perante isto, a rapariga ficou, também ela, elucidada relativamente às capacidades de Mcfly na escalada.. de velocidade??

O dia D

Já ha mto que Jonny vivia pelas bandas de Espanha, era verão e o cara resolveu literalmente instalar-se numa das mecas da escalada de verão, isto é Rodellar.

O Marcão chegou e pensou: "uff, aqui vou ser feliz!! tenho a furgo do Guga para dormir, a tenda do Emilio pra cozinhar, o parque d campismo pra ir, à sucapa, tomar banho, mutas chicas jeitosas pra conhecer e contar as minhas aventuras, montes de gente a quem cravar segurança pra escalar, há sempre malta pra me dar boleias pra ir à cidade d vez em quando, posso falar com o Miguel lá na recepção do camping e ainda faço uns cannyons à borliú.. isto é mesmo o paraiso!"

Foto by Hugo Peniche

Os dias, as semanas, os meses, foram passando e o cara torna-se um autentico residente de Rodellar, conhecedor das gentes e também das manhas. Mas Jonny estava em Rodellar sobretudo para escalar.

Foto by Hugo Silva

Tem de todos os tipos de Marcão escaladores, ha os que não escalam mto pra não quebrar a unhas, os que só escalam vias faceis, os que só fazem vias duras, alguns pra mostrar o quanto são fortes, outros porque o são mesmo, tem os que escalam pra encadear, os que preferem desfrutar de escalar mais vias, os que vão à morte e os que se arrastam pela via acima, parando em todas as estações e apeadeiros pra no final colocar a bandeira nacional no topo..

O pobre Jonny, não teve outra opção se não adaptar-se aos rigores da escalada em Rodellar, ou seja, levar tareias, como todos levamos quando la chegamos, habituados a coisas um pouco mais "acessiveis".Foto by Hugo Peniche
Os dias passavam e os arrastramentos pelas vias acima eram já um habito.
Um dia, porém, tudo modou.. este foi o DIA D!!
No DIA D soprava um vento ascendente, a gravidade encontrava-se mais baixa do que o costume, dava sombrinha fresca em todas as vias, as reglettes transformavam-se em enormes presas e existiam uns duendes, escondidos ao longo das vias, que nos davam uma mãozinha quando era preciso..

Foto by Hugo Peniche

Foi no DIA D que Jonny Boy se encarregou, assim cmo quem não quer a coisa, de encadear um 7c de bloco, um 7b+ e outro 7b.

Foto by Hugo Peniche

Porém, os elementos mágicos da natureza não voltaram a colaborar e Jonny regressa à pesca de arrasto, pois ha que penar, caso contrario a pescaria nunca surtirá efeito.

Ps: Um abraço Jonny, foram excelentes dias de escalada!!